COLONIA DE PESCADORES Z8 DE PROPRIÁ

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ESTADO DE SERGIPE

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Chesf quer reduzir vazão do São Francisco para apenas 700 m³/s

A atual crise hídrica que atinge duramente a bacia do rio São Francisco pode ter um efeito ainda mais danoso para a sobrevivência do manancial. O sistema elétrico enviou ofício à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o pedido de redução da vazão do rio dos atuais 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 700 m³/s. A medida atingiria diretamente os reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (entre Alagoas e Sergipe)

O assunto será ainda discutido em reunião de avaliação dos efeitos da vazão reduzida no âmbito da bacia do São Francisco. O argumento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é que há necessidade de garantir os usos múltiplos na bacia hidrográfica.

Apesar de a legislação estabelecer o limite mínimo da vazão, a defluência praticada vem sendo reduzida desde 2013. Na época, a vazão era de 1.300 m³/s e, desde então, vem sendo diminuída progressivamente, até o limite atual. Diante da possibilidade de nova redução, o prefeito do município de Pão de Açúcar, em Alagoas, Jorge Dantas, admitiu mobilizar os demais municípios do Baixo São Francisco e buscar apoio do governador alagoano, Renan Filho, e da bancada parlamentar federal, a fim de contribuir com o processo de preservação do rio.

Captação de água - Em maio deste ano, reportagem do JORNAL DO DIA alertou a sociedade sergipana sobre os riscos de colapso na captação de água da Deso a partir da adutora do São Francisco. Dentre outros, os motivos apresentados pelo geógrafo Luiz Carlos Sousa Silva, mestre e doutor pela UFS, eram a redução da vazão em Sobradinho e Xingó, a péssima qualidade da água na foz e a dificuldade na captação. Para solucionar o problema, o Estado precisaria de pelo menos R$ 15 milhões, junto com Alagoas, para investir em obras na foz do rio. No entanto, após o alerta feito pelo jornal, de imediato a Deso enviou nota contradizendo o fato.

Na quinta-feira, 11, menos de três meses após a reportagem, o diretor-presidente da Deso, Carlos Mello, levado pelo governador Jackson Barreto e o secretário de estado da Infraestrutura, Valmor Barbosa, esteve na sede do Ministério da Integração Nacional, em Brasília, na busca de recursos para a obra. Com o ministro Helder Barbalho, eles conversaram sobre a dragagem do canal da adutora do São Francisco para garantir a captação e, consequentemente, o abastecimento de água da Grande Aracaju, que depende em grande parte deste sistema.
FONTE: http://www.jornaldodiase.com.br/noticias_ler.php?id=21286

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