Moradores
do município de Propriá, distante 98 km da capital, estão preocupados
com a atual situação da ponte que interliga os povoados Cacimba e São
Miguel, utilizada como principal via de fluxo automotivo, pessoas e de
animais. Antes receosos, os moradores disseram perder o medo de
denunciar após serem informados do desmoronamento da ponte José Américo
de Almeida que ocorreu na tarde do último sábado, 09, no município de
Laranjeiras. Paralelo à falta de ciclovia, corrimões e pavimentação nos
arredores da ponte, os transeuntes alegam que a via chega a tremer todas
as vezes que passa um carro ou caminhão.
Para aqueles que necessitam transitar por esta via diariamente, o
risco de sofrer acidentes anda junto a cada passo dado de um lado para o
outro da ponte. Com exclusividade ao Jornal do Dia, a feirante Angélica
dos Anjos disse adotar medidas cautelosas a fim de evitar qualquer tipo
de acidente. Além de aumentar a velocidade dos passos, ela e os filhos
apenas transitam pela ponte sob risco quando nenhuma outra pessoa, ou
veículo, divide o mesmo espaço. "Quem tem amor a vida, tem medo de
passar por aqui. Depois que eu senti essa ponte tremendo só com a
passagem de um carro do lado da gente, eu comecei a evitar passar na
mesma hora que qualquer outra pessoa. Eu e meus filhos passamos um de
cada vez", disse.
A ponte, que foi construída dentro de um terreno da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e
sobre o riacho Pilões, há mais de 15 anos não recebe nenhum tipo de
reforma e conforme avaliação dos populares, também pode desabar em curto
prazo. Ciente do caso denunciado, a direção da Codevasf informou que a
construção da ponte de acesso ao povoado Cacimbas está incluída no
contrato de pavimentação granítica de 37 quilômetros de corredores de
escoamento dos perímetros irrigados Propriá, Cotinguiba/Pindoba e
Betume. Essa estrutura danificada fica sob um córrego utilizado como
suporte para a irrigação dos campos agrícolas do município.
Ainda de acordo com nota emitida pela companhia, a obra está em
andamento, sendo executada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura
(Seinfra) por meio do Termo de Compromisso 4.017.00/2013, firmado com a
Codevasf. A empresa disse também que já orientou a Seinfra e a
empreiteira contratada para a execução da obra para que seja priorizada a
construção da ponte de acesso ao povoado Cacimbas. Os serviços em
andamento incluem, além da construção da ponte, a pavimentação granítica
de 37 quilômetros de corredores de escoamento da produção agrícola dos
perímetros Propriá (10,4 km), Cotinguiba/Pindoba (18,1 km) e Betume (8,5
km). Contratadas por R$ 13,7 milhões, as obras são executadas com
recursos do PAC.
FONTE: Milton Alves Júniormiltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br
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