Fatores
climáticos requerem cuidados à saúde dos olhos e na capital, conhecida
como Cidade do Sol, onde a insolação pode chegar a três mil horas por
ano, a atenção é redobrada. Condições como essas podem ser uma das
causas ao surgimento do pterígio, ou como popularmente é conhecida,
carne no olho.
O
pterígio é uma pequena membrana fibrovascular que cresce na córnea,
assemelhando-se ao formato de um triângulo. De início, pode causar
apenas incomodo estético e sintomas de vermelhidão, irritação,
lacrimejamento, inchaço, sensação de ardência e fotofobia, mas, se não
devidamente tratado, pode atingir a pupila, cobri-la, deformar a córnea e
até causar cegueira.
“Quando
o pterígio começa a invadir a córnea, faze-se necessário a intervenção
cirúrgica, porque pode ocasionar outras doenças, como astigmatismo, a
necessidade do próprio transplante da córnea, além de tantas outras
complicações”, esclarece Dr. Márcio Florêncio, oftalmologista com especialização em cirurgia ocular.
O
diagnóstico clínico é importante desde o início, pois muitas vezes
podem confundir a carne no olho com catarata, pseudopterígio e a
pinguécula - que é um nódulo amarelo e elevado que se forma na
conjuntiva, mas que não invade a córnea - e direcionar o tratamento
adequado que varia de uso de colírios, intervenções cirúrgicas – em
jovens há um índice significativo de reincidência – à transplantes de
conjuntiva. “Qualquer sintoma de olho
vermelho, a consulta é indicada. E esse sintoma, nem sempre indica
pterígio, mas pode ser sinal de outras doenças”, acrescenta dr. Márcio.
Ainda
segundo o oftalmologista, o fator genético para o pterígio pode
existir, mas o principal é o da condição climática, da exposição ao sol,
ao vento e ao calor excessivo. Para prevenir, o ideal é usar óculos
escuros com as devidas proteções UVA e UVB e não somente para a carne no
olho, mas para prevenção de outras doenças também.
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